As grandes autoridades iranianas marcaram presença no funeral do cientista Mohsen Fakhrizadeh e acusaram Israel de matar o cientista.
Mohsen Fakhrizadeh, apresentado pelo Irão como diretor do departamento de pesquisa e inovação e responsável pela "defesa antiatómica", foi assassinado no seu veículo no dia 27 de novembro em Teerão.
Os iranianos prometeram que vão reagir posteriormente, apesar dos pedidos de moderação pela ONU e União Europeia.
O funeral realizado nesta segunda-feira foi transmitido pela televisão pública e teve uma presença mínima por causa da COVID-19.
“Se os nossos inimigos não tivessem cometido este crime ignóbil e derramado o sangue do nosso querido mártir, ele poderia ter permanecido desconhecido”, disse o ministro da Defesa, o general Amir Hatami, para quem a morte do cientista levou o seu nome ao conhecimento de outras pessoas, o que constitui uma derrota para os inimigos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Mohamad Javad Zarif, aconselhou a comunidade internacional a condenar o assassinato do cientista. Disse, também, que é vergonhoso que algumas pessoas não se posicionem contra o terrorismo e peçam apenas moderação.
A cerimónia contou, igualmente, com a presença do general Esmail Qaani, comandante das Forças Qods - unidade de elite da Guarda Revolucionária, do vice-presidente Ali Akbar Salehi, diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica e do general de divisão Hossein Salami, comandante-chefe da Guarda Revolucionária.
Por seu lado, Israel não fez nenhuma declaração formal acerca das acusações, apenas alertando as embaixadas a terem mais atenção em relação a possíveis ataques do Irão.
Os restos mortais de Mohsen Fakhrizadeh estiveram em dois locais sagrados xiitas do Irão, Mashhad e Qom, antes da homenagem que decorreu no mausoléu do imã Khomeini em Teerão, durante os dias 28 e 29. O seu caixão foi decorado com flores e nomes das principais figuras sagradas do xiismo.
O assassinato do cientista foi fortemente condenado por grupos e países aliados ou próximos ao Irão, como o grupo Hamas, grupo Hezbollah, Síria, Turquia, Qatar e outros.
CES/ Jornal Arquipélago