Mais de 400 dias se passaram em que vigoraram as restrições entre Austrália e Nova Zelândia. Hoje, as fronteiras abriram-se e o momento foi de emoção. No entanto, por agora, esta é a única “bolha área” possível, mas lentamente a lista poderá aumentar.
Depois de 400 dias com as fronteiras encerradas, Austrália e Nova Zelândia voltaram a encontrar-se numa “bolha área” que permite viagens sem restrições entre os dois países. Este acordo entre os dois países permite que os passageiros voem sem a necessidade de respeitar uma quarentena obrigatório na chegada ao destino.
Assim, o aeroporto de Auckland, na Nova Zelândia, viu chegar centenas de pessoas que reencontram os seus familiares e amigos entre lágrimas e sorrisos, mas também abraços, após um longo período de afastamento causado pela pandemia.
A frase "Welcome whanau" ("Bem-vinda família", em maori) foi escrita em letras gigantes numa parte da pista do Aeroporto de Wellington, capital neozelandesa. "É um grande dia para as famílias e seus amigos", afirma a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, que celebrou a política eficaz contra a Covid-19 nos dois países. Foram estas mesmas políticas que fizeram com que a possibilidade de outras “bolhas áreas” estarem em cima da mesa.
O governo australiano pondera “bolhas áreas” com Singapura, Coreia do Sul, Japão e Taiwan. Já a Nova Zelândia está a trabalhar para permitir o acesso sem restrições aos habitantes de pequenos países do Pacífico, como as ilhas Cook ou Tuvalu.
A ‘bolha’ entre a Nova Zelândia e a Austrália entrou em prática após meses de negociações e os governantes dos dois países já admitiram adotar mais mudanças. Porém, reconhecem que será um processo lento. "A ideia de que simplesmente um dia tudo será aberto não é o que vai acontecer", afirmou o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, acrescentando que "vai ser feito com cuidado e prudência, e vamos trabalhar muito na proteção sanitária e médica".
Esta abertura foi, também, celebrada como um importante marco para o restabelecimento da indústria da aviação, muito abalada pela pandemia provocada pelo novo coronavírus. O diretor geral da companhia aérea Air New Zeland, Greg Foran, disse tratar-se de “um dia histórico” para o turismo. Acrescentou: "é uma verdadeira mudança para a companhia aérea. É o primeiro dia de nosso renascimento".
Importa salientar que a pandemia provocada pelo vírus SARS-COV-2 levou ao encerramento das fronteiras um pouco por todo o mundo, com grandes prejuízos económicos, sociais e sanitários. A nível das economias nacionais e mundiais, os sectores de aviação e do turismo foram os mais sensíveis, ficando praticamente paralisados ao longo do ano 2020. A chegada das vacinas, a pouco menos de um ano depois do surgimento do novo coronavírus, abriu uma janela de esperança para a humanidade. Porém, ainda vai ser preciso longos meses para que haja uma ampla abertura na relação de contacto humano entre os países.
DB /Diário de Negócios | Cabo Verde - Palmarejo Grande | 2021
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