Apesar dos números impressionantes em termos absolutos, estes ficam ligeiramente aquém do esperado pelo mercado. O sector do lazer e turismo voltou a registar o maior crescimento, sendo que estes foram distribuídos por todas as dimensões de empresas.
A economia norte-americana criou 742 mil novos postos de trabalho no sector privado em abril, um número que impressiona pela sua magnitude, mas que fica ligeiramente aquém das expectativas do mercado, com os analistas a apontarem para 800 mil.
Conforme avança o relatório da Automatic Data Processing (ADP), uma empresa de recursos humanos cujos dados antecedem a divulgação oficial da criação de emprego do Departamento do Trabalho, a maior economia do mundo somou mais um mês positivo no que toca ao emprego e à recuperação do mercado laboral, depois de março ter registado um acréscimo de 565 mil empregos, um número agora revisto em alta.
O relatório mostra como os ganhos laborais foram repartidos por empresas de todas as dimensões. As pequenas empresas, definidas nos Estados Unidos (EUA), como aquelas com um a 49 empregados, registaram 235 mil novos postos de trabalho, enquanto as de dimensão média, entre 50 e 499 trabalhadores, acrescentaram 230 mil. Já as grandes empresas, aquelas com 500 ou mais empregados, verificaram mais 277 mil empregos.
Numa análise sectorial, nota-se o crescimento considerável no turismo e lazer, que registou mais 237 mil postos, depois de ter sido uma das áreas de atividade mais afetadas pela pandemia. Seguem-se os 155 mil criados no sector do comércio, transportes e serviços públicos. Por outro lado, na área dos serviços verificou-se também uma perda de 3 mil empregos no sector da informação, um efeito consistente com a reabertura da economia e a menor dependência em tecnologias de comunicação.
Também no sector dos bens se registaram incrementos assinaláveis, que se traduzem em mais 55 mil postos na indústria, 41 mil na construção e 10 mil nas atividades ligadas à extração de recursos minerais.
Este relatório, como de costume, antecede a divulgação dos números oficiais do Departamento do Trabalho, que está agendada para esta sexta-feira. Apesar de poderem divergir consideravelmente, até porque os números do Governo federal incluem o sector público, este indicador privado serve como barómetro para o que se seguirá, numa altura em que a recuperação laboral nos EUA se encontra em pleno andamento.
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